Neste ano, a Semana de Geografia integrou dois eventos: a XII Mostra de Iniciação Científica da Geografia e o XIII Simpósio de Geografia. A diretora do Campus Cornélio Procópio, professora Vanderleia da Silva Oliveira, expressou sua satisfação em receber os participantes. “Enalteço e cumprimento a comissão organizadora do evento, destacando a relevância da oferta de atividades como essas aos alunos do curso e à comunidade externa, uma vez que elas possibilitam a troca de experiências e a escuta de diversas vozes sobre temas importantes para a formação profissional na área de Geografia”, enfatizou.
O vice-reitor da UENP, professor Ricardo Aparecido Campos, destacou, durante a abertura do Simpósio, a pertinência do tema escolhido. “A emergência climática não é mais uma previsão, é uma realidade presente, que atinge com mais força os mais vulneráveis e as populações historicamente marginalizadas. A Geografia, por sua natureza interdisciplinar, nos permite articular as complexidades dessas questões com sensibilidade e responsabilidade. É nesse espírito integrador que este evento se organiza, unindo teoria, pesquisa e extensão, da graduação à pós-graduação”, ressaltou.
Na abertura oficial, o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Wilson Flávio Feltrim Roseghini, ministrou a palestra “Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPI), Emergência Climática e Projeto Nimbus”. “Precisamos estar preparados para acontecimentos como o que ocorreu em Porto Alegre, pois podem acontecer amanhã, na próxima semana, no próximo mês ou no próximo ano. Em algum momento, pode acontecer, e nós precisamos saber o que fazer”, alertou o especialista.
“Claro que existem diferenças geográficas entre os dois estados, especialmente entre as capitais. Porto Alegre está no final de bacias hidrográficas, enquanto Curitiba está no início, em região de nascentes. Mas tudo pode acontecer. Temos outras cidades no estado que enfrentam problemas de inundações durante o período de chuvas”, acrescentou Wilson.
A Semana de Geografia teve como objetivo refletir sobre as causas e os impactos socioambientais da emergência climática nos territórios; promover a sensibilização quanto à urgência da crise climática; e abordar temas interdisciplinares como energia, consumo, desigualdades, sustentabilidade e possíveis soluções de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.