A segunda edição do Ciclo de Encontros tem como tema “Inclusão no Ensino Superior: compreendendo TEA e o TDAH” e visa conscientizar a comunidade acadêmica sobre a importância de um ambiente universitário mais inclusivo e acolhedor, especialmente para estudantes com neurodiversidade, como aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Segundo a coordenadora geral do Nae, Rosiney Aparecida Lopes do Vale, o evento abre um espaço de diálogo significativo sobre os desafios e as possibilidades da inclusão no ensino superior, aspectos de práticas inclusivas, e sobretudo, se torna um espaço de compartilhamento de vivências e saberes que vão ao encontro de uma Universidade verdadeiramente inclusiva.
“Agradeço a toda equipe do Nae por mais esse Ciclo de Encontros. A assistência estudantil é sem dúvida uma pauta que não pode ficar fora de qualquer agenda política hoje. E o Nae, atuando nas frentes de assistência pedagógica, psicológica e social, é um embrião ainda na UENP, mas que certamente vai se fortalecer e vai contribuir para que nós tenhamos cada vez mais alunos com condição e dignidade para sua formação”, destacou a professora.
O diretor do Campus Luiz Meneghel, professor Ricardo Castanho Moreira, agradeceu a participação das palestrantes e o trabalho desenvolvido pelo Nae na Universidade. “Recebemos hoje o Ciclo de debates e reflexões sobre a Neurodiversidade, um importante evento que é promovido pelo Nae em nosso Campus. Acolho a todos com muito carinho e desejo um excelente evento”, disse.
Na UENP, atualmente 18 alunos têm Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com o Nae. Para a psicóloga e palestrante, Denise Rabito, cada vez mais as pessoas com deficiência intelectual, como o TEA, estão alcançando a Universidade e a comunidade acadêmica precisa se movimentar para incluí-las. “Parabenizo a UENP por momentos como esses que são responsáveis por esse movimento em busca de mais conhecimentos e compreensão” enalteceu a especialista em Terapia Cognitiva e Comportamental.
“Precisamos de mais práticas inclusivas para as pessoas que têm algum transtorno do neurodesenvolvimento na Universidade. Nossos atendidos estão chegando no Ensino Superior e para nós, profissionais, isso é muito compensatório, mas aumenta a responsabilidade de atuar em relação a prática, e não tem jeito melhor do que fazer isso com o conhecimento”, enfatizou Denise Rabito.
O primeiro encontro também teve a participação da psicóloga Isabel Aparecida Pereira. Especialista em práticas inclusivas, a palestrante partilhou no evento que presenciou a primeira estudante com deficiência auditiva que entrou na Universidade e comparou como era o atendimento no passado. “Hoje, tudo está melhorando. Falar de práticas inclusivas é falar do di-a-dia com eles, da vivência, de um olhar diferenciado, não de exclusão, mas um olhar dentro da sua especificidade. Eu preciso oferecer apoio para esse aluno para que ele tenha acesso, permanência e aprendizagem. Ele precisa ter voz e sair da instituição com condições de atuar”, finalizou.
Também estiveram presentes no primeiro encontro o vice-diretor do CLM, Ademir Zacarias Junior, o chefe de Divisão de Políticas Afirmativas CLM, Mauro Januário, o diretor do Centro de Ciências Tecnológicas do CLM, Edson Marcos Sgarbi, e a profissional do Apoio à Educação Inclusiva do Nae, Thayara Rocha Silva.
Próximos encontros
O próximo encontro será realizado na segunda-feira, 26 de maio, no Mini Auditório do Bloco H do Campus Cornélio Procópio, a partir das 19h. Já o encontro que ocorrerá no Salão Nobre do Centro de Ciências Humanas e da Educação (CCHE), do Campus Jacarezinho, encerrará o evento, na terça-feira, 27 de maio, a partir das 19h30. Os três eventos são gratuitos e com certificação e estão abertos a toda comunidade universitária.
