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UENP promove XVI Jornada de Ensino de História

Quarta, 18 Junho 2025 15:17

A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) iniciou na última segunda-feira (16), a XVI Jornada de Ensino de História. O evento termina no dia 18 e é coordenado pelo Colegiado de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação do Campus Jacarezinho.

Além da palestra ministrada pelo professor adjunto da Universidade Federal de Alagoas, Willian Robson Soares Lucindo, foram disponibilizados minicursos, simpósios temáticos, exposição fotográfica e uma apresentação musical.

Com o tema "Educar para as Relações Étnico-Raciais no Século XXI, a Jornada reuniu docentes, alunos e representantes da comunidade. Os minicursos iniciaram às 13h e a cerimônia de abertura foi realizada às 19h30. A programação continua nos dias 17 e 18 no auditório PDE do CCHE do Campus Jacarezinho.

A coordenadora da XVI Jornada e docente do curso de História, Noemi Santos da Silva, falou sobre o formato do evento. “Esse é um evento pensado para ser plural, para vocês estudantes, mas também para a comunidade. Pensamos sobre temáticas que fizessem sentido no âmbito da educação básica e difíceis de serem tratadas. Visitando as escolas ouvi com bastante frequência relatos dos professores sobre relações étnico-raciais, apesar dos 20 anos da Lei 10.639”, explicou.

O diretor do Campus Jacarezinho, Luiz Fernando Kazmierczak, reforçou a importância da temática principal. “Discutir as relações étnico-raciais é fundamental hoje em uma sociedade que está sendo pautada com discurso de ódio, com uma forte tendência de criar antagonismos e barreiras. Os temas que estão sendo colocados fazem com que nós assumamos um compromisso de não só adotarmos uma postura antirracista, mas educar para que outros também não o sejam”, frisou.

Palestrante principal da noite, o professor Willian Robson Soares Lucindo falou sobre o afastamento de polêmicas e temas sensíveis do ensino de história. “Durante muito tempo a história ensinada se manteve afastada de questões polêmicas e priorizou temas consagrados, de preferência bem distantes no tempo e no espaço”

“Quando temas polêmicos surgem, nossa tendência é punir e calar o autor, mas eu falo para meus alunos de graduação que essa talvez seja a pior coisa a se fazer. Quando você cala a pessoa, não significa que ela aprendeu o que fez de errado, só sabe que não pode falar. E talvez ela vá para as redes sociais e programas ocultos e continue o debate lá. Precisamos discutir as consequências de ações, levar crianças e adolescentes a se tornarem cidadãos”, concluiu.

Última modificação: Quarta, 18 Junho 2025 16:59
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