O que representam as mulheres na pesquisa e pós-graduação na UENP?

Segunda, 08 Março 2021 11:55
O papel ocupado pelas mulheres é fundamental para que a Instituição possa desenvolver a missão a que se propõe como Instituição de Ensino Superior pública. O papel ocupado pelas mulheres é fundamental para que a Instituição possa desenvolver a missão a que se propõe como Instituição de Ensino Superior pública.

“As mulheres representam um papel essencial para o desenvolvimento de ciência, tecnologia e a disseminação do conhecimento na UENP”, ressalta a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPG) da Instituição. No dia Internacional da Mulher, comemorado pelas Nações Unidas desde 1975, a questão da representação traz importantes reflexões sobre o protagonismo das mulheres no contexto acadêmico da UENP, com dados que demonstram de modo efetivo a participação feminina em atividades de ensino e pesquisa.

A PROPG acentua que em uma Universidade jovem como a UENP, que possui seis programas de pós-graduação, alguns consolidados e outros em fase de implantação, o papel ocupado pelas mulheres nas atividades de ensino e pesquisa é fundamental para que a Instituição possa desenvolver a missão a que se propõe como Instituição de Ensino Superior pública.

“É evidente que a discussão sobre o lugar das mulheres na ciência passa por diversas questões, para não falar apenas das dificuldades e desafios enfrentados, dentro e fora da Academia. Aspectos esses que não devem ser ignorados pela sociedade e, particularmente, no espaço acadêmico”, acentua a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UENP, professora Vanderléia Oliveira.

Atualmente na UENP, as mulheres representam 44,66% dos docentes credenciados aos cursos stricto sensu, mas o envolvimento com a pesquisa se dá desde a graduação. Nos Programas de Iniciação Científica como PIBIC/PIBITI (dados de 2020-2021), dos 124 docentes que propuseram projetos, 48,38% são mulheres, e, no PIBIS, 59,09%. Dos estudantes envolvidos com os programas, 74,79 e 82%, respectivamente, são de alunas.

No conjunto de 225 projetos de pesquisa em execução na Universidade, 125 são coordenados diretamente por mulheres, sendo a área de Saúde a que predomina, seguida pela de Ciências Agrárias e de Humanas. Dos 71 Grupos de pesquisa certificados pela UENP junto ao Diretório do CNPq, 31 são liderados por mulheres nas diversas áreas do conhecimento.

“É de se destacar que, do conjunto de quatro patentes registradas pela Universidade, um dos projetos é derivado de pesquisadora, além do fato de que também é de uma mulher a única bolsa Produtividade obtida junto à Fundação Araucária e, das três bolsas Produtividade do CNPq na UENP, duas foram conquistadas por mulheres”, ressalta a pró-reitora Vanderléia Oliveira.

Para além da atuação direta em pesquisa e ensino, a PROPG destaca a expressiva participação de mulheres em comitês, grupos de trabalho e comissões ligadas diretamente às ações normativas e de acompanhamento da pesquisa e da pós-graduação na UENP, o que demonstra, segundo a Pró-Reitoria, o envolvimento e colaboração para com as políticas institucionais, pois o indicador é de 47,88%.

Noutro ponto, tendo em conta a expressiva participação das mulheres no contexto Universitário da UENP, Vanderléia Oliveira destaca que algumas ações têm sido implementadas, a fim de amenizar as desigualdades de condições relacionadas às mulheres-mães e pesquisadoras, como a contagem de tempo referente ao período de licença maternidade para concorrência à Iniciação Cientifica e Iniciação Científica de Inclusão Social e manutenção de bolsa de orientação (ao aluno) durante período de afastamento licença maternidade e capacitação.

A pró-reitora pontua ainda que outras ações, certamente, poderão ser discutidas e viabilizadas. “Queremos promover o reconhecimento da presença feminina, sem que isso seja visto como um processo de mera comparação entre homens e mulheres, mas tão somente como igualdade de condições”, complementou.

Para a reitora da UENP, professora Fátima Aparecida da Cruz Padoan, a participação feminina em diferentes setores da instituição é significativa. Um breve levantamento em relação a gestão direta na UENP, em cargos e funções na Reitoria e administração direta dos campi, como direções e coordenações de curso, indica, em diferentes setores da Instituição, a participação feminina em 38,72%, num universo de 73 cargos.

“Os números são capazes de traçar um panorama da atuação das mulheres em nossa Universidade, entretanto mais do que os percentuais, o que desperta em nós muita esperança é observar que mesmo a partir de condições comprovadamente adversas, nossas mulheres têm se destacado, participando ativamente da construção de nossa Universidade, de uma sociedade mais justa e equilibrada. Nosso desejo é que as barreiras que estamos descontruindo a cada dia, em um futuro, tornem as políticas de inclusão tão necessárias hoje, sem razão de existir”, disse a reitora Fátima Padoan.

“A UENP pode se orgulhar dessa presença feminina e para que ela se mantenha e desempenhe seu papel, não se deve deixar de registrar a necessidade de manutenção de financiamento aos projetos e ações de pesquisa, de modo a resistir contra os cortes contínuos sobre os recursos para ciência e tecnologia e que provocam danos ao desenvolvimento científico do país”, finaliza Vanderléia Oliveira.

 

Última modificação: Sexta, 12 Março 2021 13:59
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